São Martinho de Dume nasceu na Panônia, atual Hungria, em 518. Ainda jovem, dirigiu-se para o Oriente, onde professou uma vida regular: estudou a língua grega e outras ciências eclesiásticas, em que muito cedo se distinguiu, até ser classificado, por Santo Isidoro, como ilustre na Fé e na Ciência. Gregório de Tours também o considerou um entre os homens insuperáveis do seu tempo.
O Retorno à Europa: Retornando do Oriente, dirigiu-se à Roma e França, onde travou conhecimento com as personagens mais eminentes em saber e santidade. Sobretudo, quis visitar o túmulo do seu homônimo e compatriota, São Martinho de Tours, que, desde então, considerava como seu patrono e modelo. Foi nesta época que São Martinho de Dume se encontrou com o rei dos Suevos, Charrarico, ao qual acompanhou para o noroeste da Península Ibérica, em 550. Ali, onde com restos do gentilismo e bastante ignorância religiosa se espalhara o Arianismo.
O Apostolado: Para acorrer a tantos males, não tardou Martinho em planejar e colocar em andamento seu vigoroso apostolado. Num mosteiro, edificado pelo mesmo rei, em Dume, ao lado de Braga, assenta o grande apóstolo dos suevos suas instalações como escola de monaquismo e base de irradiação catequética e missionária. A igreja do mosteiro é dedicada a São Martinho de Tours e foi sagrada em 558. O seu abade foi elevado ao episcopado pelo Bispo de Braga, já em 556, em atenção ao seu exímio saber e extraordinário zelo e santidade.
Concílio de Braga: Com a subida ao trono do rei Teodomiro, em 559, consumava-se o regresso dos Suevos ao Catolicismo, deixando o Arianismo. Ilustre por tão preclaras prerrogativas, passa Martinho para a Sé de Braga, em 569, quando o Catolicismo nesta região gozava já de alto esplendor, o que tornou possível o 1° Concílio de Braga, em 561, no pontificado de João III. Em 572, foi Martinho a alma do 2° Concílio de Braga. Nesta altura, escreveu ele: “Com a ajuda da graça de Deus, nenhuma dúvida há sobre a unidade e retidão da fé nesta província”.
As Obras: São Martinho de Dume não esqueceu da importância e eficácia do apostolado da pena. Deixou assim várias obras sobre as virtudes monásticas, bem como matérias teológicas e canônicas.
Páscoa: Faleceu em 20 de março de 579, e foi sepultado na catedral de Dume. Desde 1606, as suas relíquias estão depositadas na Sé de Braga. Compusera para si, em latim, o seguinte epitáfio sepulcral, em que mostra a veneração que dedicava ao santo Bispo de Tours: “Nascido na Panônia, atravessando vastos mares, impelido por sinais divinos para o seio da Galiza, sagrado Bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela instituí o culto e a celebração da Missa. Tendo-te seguido, ó Patrono, eu, o teu servo Martinho, igual em nome que não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo”. Desde o ano de 1985, passou a ser padroeiro principal da arquidiocese de Braga.
Minha oração: “Grande condutor da Igreja, nesses tempos tão difíceis de apostasia e perda de valores, nós te rogamos que nos ajude a vencer todas as batalhas da atualidade, as tentações e provocações do inimigo. Que o Senhor nos conceda, por seu intermédio, a amizade divina. Amém.”
São Martinho de Dume, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 5 de dezembro:
Martirológio Romano
Memória dos santos Martinho de Dume, Frutuoso e Geraldo, bispos de Braga, em Portugal.
Martinho de Dume, oriundo da Panónia, da actual Hungria, homem de grande erudição, ocupou a sede episcopal de Dume e depois a de Braga. Graças ao seu zelo apostólico e à sua pregação, os Suevos abandonaram a heresia ariana e abraçaram a fé católica. Empenhou-se com ardor na erradicação dos costumes da idolatria, inclusive linguísticos, como na designação cristã dos dias da semana, e escreveu importantes opúsculos, nomeadamente de orientação moral, catequética, pastoral e de vida monástica. Com a sua virtude e sabedoria, diz Santo Isidoro de Sevilha, a Igreja floresceu na Galécia. Morreu no dia 20 de Março.
Frutuoso, de nobre família visigótica, depois de ter sido monge e fundador de cenóbios, foi eleito bispo de Dume e finalmente nomeado bispo metropolitano de Braga pelos Padres do Concílio X de Toledo, governando simultaneamente com suma prudência esta Igreja e os seus mosteiros. A sua santidade e labor apostólico estenderam-se a toda a península ibérica. Morreu no dia 16 de Abril.
Geraldo, natural da Gália, professou no mosteiro de Moissac, de onde passou para Toledo; depois foi eleito bispo de Braga, onde exerceu grande actividade na reorganização da diocese, na promoção da vida monástica, na reforma litúrgica e pastoral, na reconstrução de igrejas, bem como na aplicação da disciplina eclesiástica. Morreu neste dia 5 de Dezembro, na localidade de Bornes, quando fazia as visitas pastorais nessa distante região. († c. 579; c. 665; 1108)
2. Em Tabessa, na Numídia, na actual Argélia, a paixão de Santa Crispina de Tagore, mãe de família, que, no tempo dos imperadores Diocleciano e Maximiano, porque se recusou sacrificar aos ídolos, por ordem do procônsul Anolino foi degolada. († 304)
3. Perto de Jerusalém, São Sabas, abade, que, nascido na Capadócia, se retirou para o deserto da Judeia, onde instituiu um novo estilo de vida eremítica em sete mosteiros, que se chamaram lauras, nas quais os eremitas se reuniam sob a direcção de um superior. Viveu durante muitos anos na Grande Laura, posteriormente designada com o seu nome, resplandecendo pelo exemplo da santidade e lutando arduamente pela fé de Calcedónia. († 532)
4. No cenóbio de São Pedro de Aquara, na Lucânia, hoje na Campânia, região da Itália, São Lúcido, monge. († c. 938)
5. Em Mântua, na Lombardia, também região da Itália, o Beato Bartolomeu Fánti, presbítero da Ordem dos Carmelitas, que, pela sua palavra e exemplo, estimulou o coração dos fiéis ao santo amor de Deus e à devoção filial a Maria, Mãe de Deus. († 1495)
6. Em Londres, na Inglaterra, São João Almond, presbítero e mártir, que, durante mais de dez anos exerceu clandestinamente o ministério pastoral, até que, no reinado de Jaime I, por causa do seu sacerdócio foi enforcado em Tyburn, não deixando de dar esmolas mesmo no patíbulo. († 1612)
7*. Em Scwerin, cidade da região de Mecklenburg, na Alemanha, o passamento do Beato Nicolau Stensen, bispo titular de Ticiópolis, que, oriundo da Dinamarca, foi um dos mais notáveis investigadores das ciências naturais; mas, abraçando a fé católica, quis servir a Deus ao serviço da verdade e foi ordenado presbítero e depois bispo, desenvolvendo com grande zelo a sua missão na Europa setentrional. († 1683)
8*. Em Turim, na Itália, o Beato Filipe Rináldi, presbítero da Sociedade Salesiana, que se dedicou à propagação da fé em terras de missão. († 1931)
9♦. Em Guadalajara, na Espanha, o Beato Luís Martínez Alvarellos, religioso da Sociedade Salesiana e mártir, que, no tempo de perseguição religiosa, enfrentou gloriosamente o combate por Cristo. († 1936)
10*. Perto de Munique, na Baviera, região da Alemanha, o Beato Narciso Putz, presbítero e mártir, que, desterrado da Polónia ocupada por um regime estrangeiro durante a guerra, foi levado para o campo de concentração de Dachau, onde morreu consumido por cruéis tormentos. († 1942)
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