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São Luís Orione propagou: "Fazer o bem sempre e a todos. O mal nunca e a ninguém"

São Luís Orione

São Luís Orione 12 MarçoMar 2025 00:00 UTC

Nascimento: São Luís Orione nasceu em Pontecurone, lugarejo entre o Piemonte e a Lombardia, na Itália, em 23 de junho de 1872. Em um ambiente pobre e profundamente religioso, recebeu de sua mãe, Carolina, fundamentos ternos e vigorosos de um apaixonado amor a Deus e aos necessitados, esse forma toda a luz de sua existência. “Uma grande mãe em todos os aspectos”, disse ele, “especialmente porque ela lhe ensinou a esmola e a misericórdia para com os pobres, um compromisso firme com a religião e perseverança em seu trabalho”.

Descoberta vocacional: Luís Orione sente seu chamado à sua missão muito precoce, acompanhando sempre o padre Cattaneo no hospital de Pontecurone. Ali o jovem Orione aprendeu a prestar atenção aos doentes e sofredores. Por três anos, ele trabalhou com o pai e, em 1885, finalmente realizou o seu sonho: passou uma temporada de seis meses com os religiosos franciscanos em Voghera, que, infelizmente, foi interrompida por causa de uma pneumonia.

Providência: A Providência pôs uma segunda etapa no caminho vocacional do jovem Orione. Em 4 de outubro de 1886, ele entra no Oratório de Dom Bosco de Turim. Conheceu o santo pessoalmente, confessou-se com ele, recebeu de Dom Bosco orientação espiritual e conselhos, com a grande promessa: “Seremos sempre amigos”. Durante o retiro para o ingresso do noviciado, diante o túmulo de Dom Bosco, em uma noite de orações e lágrimas, Luís Orione sente que deve encontrar seu próprio caminho na sua diocese natal; e dia 16 de outubro de 1889 é acolhido pelo seminário de Tortona.

Sacerdócio: De 1889 a 1893, Luís Orione esteve no seminário diocesano de Tortona, nesse período de profunda vivência religiosa, social e política, enquanto se preparava para o sacerdócio, Luís sentiu formar-se em seu coração o desejo de dedicar-se inteiramente aos meninos órfãos e abandonados, conduzindo-os a Deus e educando-os para o bem. Ainda clérigo, iniciou uma série de ações juvenis. Mais tarde, abriu instituições para os mais pobres e abandonados, vítimas da fome e da miséria, desvalorizados pela sociedade. Foi ordenado sacerdote em 13 de abril de 1895, em Tortona. No dia de sua primeira missa, tomou a decisão de não ser um padre somente para os que iam à Igreja, mas ser padre para todos, especialmente para os mais afastados da Igreja e para os pobres.

Fundador e propósito sobre o Brasil: Sua atividade foi crescendo num ritmo apaixonado e foram surgindo obras, escolas, colônias agrícolas, oficinas para aprendizes, escolas profissionalizantes, casas de caridade e os Pequenos Cotolengos. Para atender a tantas obras, fundou as Congregações Religiosas: Pequena Obra da Divina Providência, eremitas da Divina Providência, Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade e Irmãs Sacramentinas Cegas. Para visitar e incentivar os seus filhos missionários, esteve diversas vezes na América do Sul: Argentina, Uruguai, Chile e no Brasil (1921, 1922, 1934 e 1937) disse que o que não pudesse fazer pelo Brasil quando vivo, o faria depois de morto.

Últimos dias: Morreu em 12 de março de 1940, em San Remo, na Itália, onde foi cuidar de sua saúde por ordem de seus médicos e superiores. Antes de ir a San Remo, protestou que não era entre palmas que queria morrer, mas entre os pobres.

De Beato a Santo: João Paulo II o beatificou em 26 de outubro de 1980. Depois de reconhecidas suas virtudes heroicas e sua bondade em vários milagres comprovados e aprovados, o mesmo Papa João Paulo II o proclamou Santo da Igreja numa missa de Canonização na Praça de São Pedro, em Roma, no dia 16 de maio de 2004. Papa João Paulo II reconhece:

“É impossível resumir a riqueza do espírito de Dom Orione, porque tinha um coração como o de São Paulo: terno e sensível até as lágrimas; incansável e tenaz até a audácia; dinâmico até o heroísmo; viveu em contato com os grandes homens da política e da cultura, iluminou os sem fé, converteu pecadores, viveu recolhido em contínua oração, praticava incríveis penitências.”

Missões: Recebeu grandes demonstrações de estima de papas e de autoridades que lhe confiaram missões importantes e delicadas. Tais missões foram para sanar feridas profundas no seio da Igreja e da sociedade. Foi Dom Orione, pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.

Ideais de vida: Viveu para amar e servir. Não conheceu outro motivo para viver. Fez da sua vida e da sua fé uma única missão. Sofreu muito, mas não fez ninguém sofrer. Tinha como ideal “fazer o bem sempre, fazer o bem a todos. O mal nunca e a ninguém”. Esse propósito continua vivo em seus filhos e filhas (religiosos, religiosas, leigos e leigas), que continuam difundindo seu carisma, por meio de obras de caridade nos 4 continentes, em mais de 30 países.

Frases

“Só a caridade salvará o mundo: dos riscos, dos medos, de todo mal.”

“Minha pobre vida seja toda inteira um cântico de divina caridade na terra.”

“Arda nossa vida de divino amor e seja toda consagrada a Deus!”

“Vamos esvaziar o coração de tudo que não é  Deus, que não é amor!”

“Competir, rivalizar, sim, para sermos melhores  servidores de Deus e do amor.”

Oração oficial de São Luís Orione: Ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, nós vos adoramos e vos damos graças pela imensa caridade que infundistes no coração de São Luís Orione e por ternos dado nele o Apóstolo da Caridade, o Pai dos Pobres e o Benfeitor da humanidade, sofredora e abandonada. Concedei-nos que possamos imitar o amor ardente e generoso que São Luiz Orione tinha para convosco, com a Santíssima Virgem, com a Igreja, com o Papa e com todos os aflitos. Pelos seus méritos e sua intercessão, concedei-nos a graça que vos pedimos (pedir a graça) para experimentar a vossa Divina Providência. Amém.

Minha oração: “São Luís Orione, amigo dos jovens excluídos e necessitados, ensinai-me a ter um coração aberto e acolhedor para as realidades da juventude atual. Que eu seja fonte de acolhida e compreensão, mas também de testemunho cristão. Dai-me a paternidade para educar esses pequeninos como tu educaste e o amor para ensiná-los o caminho do céu.”

São Luís Orione, rogai por nós!


Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 12  de março:

Martirológio Romano

1.   Em Tebessa, na Numídia, na actual Argélia, São Maximiliano, mártir, que, sendo filho do militar veterano Vítor e recrutado também para o exército, respondeu ao procônsul Diónio que, na sua qualidade de cristão, não lhe era permitido servir como soldado e, por recusar o juramento militar, foi morto ao fio da espada. († 295)

2.   Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, a comemoração dos santos mártires Migdónio, presbítero, EugénioMáximoDonaMardónioPedroEsmaragdo e Hilário, que foram sufocados um cada dia, para atemorizar os outros. († 303)

3.   Também em Nicomédia da Bitínia, a paixão de São Pedro, mártir, camareiro-mor do imperador Diocleciano, que por ter lamentado publicamente os suplícios excessivos dos mártires, por ordem do mesmo imperador foi colocado no meio deles, depois suspenso no ar e flagelado durante muito tempo e finalmente assado a fogo lento numa grelha. Doroteu e Gorgónio, também camareiros do rei, que reclamaram contra o sucedido, sofreram semelhantes tormentos e por fim foram enforcados. († 303)

4.   Em Roma, no cemitério de Ponciano “ad Ursum Pileatum”, o sepultamento de Santo Inocêncio I, papa, que defendeu São João Crisóstomo, confortou São Jerónimo e aprovou Santo Agostinho. († 417)

5.   Em Saint-Pol-de-Léon, na Bretanha Armórica, hoje na França, São Paulo Aureliano, primeiro bispo desta cidade. († s. VI)

6.   Em Roma, junto de São Pedro, o sepultamento de São Gregório Magno, papa, cuja memória se celebra a três de Setembro, dia da sua ordenação. († 604)

7.   Em Sigriana, localidade da Bitínia, na actual Turquia, no mosteiro de Campo Grande, o sepultamento de São Teófanes, o Cronógrafo, que, sendo muito rico se fez pobre monge e, por defender o culto das sagradas imagens, foi encarcerado por ordem do imperador Leão o Arménio durante dois anos e depois deportado para a Samotrácia, onde, exausto com tantas tribulações, entregou o espírito a Deus. († 817)

8*.   Em Wincester, na Inglaterra, Santo Elfego, bispo, que tinha sido monge e trabalhou muito para a restauração da vida cenobítica. († 951)

9*.   Em San Geminiano, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Fina ou Serafina, virgem, que desde tenra idade suportou com invencível paciência uma longa e grave enfermidade, confiando só em Deus. († 1253)

10*.   Em Arezzo, também na Etrúria, actualmente na Toscana, região da Itália, a Beata Justina Francúcci Bézzoli, virgem da Ordem de São Bento e reclusa. († 1319)

11*.   Em Recanáti, no Piceno, actualmente nas Marcas, também região da Itália, o Beato Jerónimo Gherardúcci, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que trabalhou pela paz e concórdia entre os povos. († c. 1369)

12.   Em Guiyang, cidade da província de Guangxi, na China, São José Zhang Dapeng, mártir, que, tendo recebido a luz da fé, pouco depois de ser baptizado abriu as portas aos missionários e catequistas e socorreu de todas as formas os pobres, os enfermos e as crianças, até ao dia em que foi conduzido ao suplício da cruz, onde derramou lágrimas de alegria por ter sido considerado digno de morrer por Cristo. († 1815)

13*.   Em Cracóvia, na Polónia, a Beata Ângela Salawa, virgem da Ordem Terceira de São Francisco, que, decidindo passar toda a vida no serviço doméstico, viveu humildemente entre as servas, e em extrema pobreza partiu deste mundo ao encontro do Senhor. († 1922)

14*.   Em Sanremo, na Ligúria, região da Itália, São Luís Orione, presbítero, que fundou a Pequena Obra da Divina Providência, para auxílio dos jovens e de todos os marginados. († 1940)

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